26/02/2009

Pente

Na caca do hotel Ritane Palace reparo que não o trouxe. Não é que tenha muito cabelo, mas se acordar e não o pentear, ele fica tipo espantalho. A solução? Comprar um El Oued. Esta tarefa parece fácil, mas não é. Comunicar é difícil e não me parece que este seja um objecto muito usual por estes lados.
Incumbi assim o meu colega que fala árabe para que vá à cidade e meu traga um..
Só o consegui no fim do segundo dia, e eis o que apareceu no estaleiro.
Irei oferecê-lo à minha querida Tiga, e agradecer a este país, por mais um momento .

Casa

Apresento a minha casa e fica desde já o convite para quem quiser conhecer o deserto do Sahara e o estilo de vida muçulmano. Vivo na zona rica da cidade.
Tem 7 quartos, nunca sei quando tenho água e ainda não percebi quando é quente ou fria. Sei que no verão só tem água quente e de noite. De dia não há água não cidade inteira. Estarão 48ºC.
Sem querer, acordo todos os dias às 05.30h da manhã porque é hora de rezar. Moro perto de uma das inúmeras mesquitas de onde sai a primeira das cinco rezas diárias, através do altifalante que faz com que toda gente de El Oued acorde. É impossível não acordar. Aconselho assim a virem no mês do Ramadão, em Setembro, onde esta melodia é tocada constantemente e repetidamente, e o povo anda irritado porque não come, não bebe nem fuma enquanto houver luz durante o dia.
Do terceiro andar da minha casa situada na rua de terra, tenho uma vista deslumbrante. A seguir ao castanho das casas inacabadas da cidade, vem o amarelo das dunas de areia - As casas que estão acabadas pagam uma taxa, por isso a opção é deixa-las por acabar.
É muito confortável e extremamente funcional. Tenho que colocar fitas isoladoras nas frinchas das janelas, pois durante os primeiros meses do ano é altura das tempestades de areia, areia essa que de tanta força que tem, penetra por todos os cantos da casa deixando o meu nariz entupido enquanto durmo.
Temos um guarda nocturno, o Xerife. Fala pouco francês, é prestavél, simpático e vai-nos contando como se vive por estes lados. Diz que só tem uma mulher, mas que os amigos normalmente tem 4. Um deles vive aqui ao lado, com as 4 mulheres e os filhos todos. Para namorarem os pais têm que falar entre eles e dar a autorização. Quando casam, é uma festa, os carros saem à rua, apitam, as pessoas batem palmas, está tudo efeitado, e até fuguetes vi a serem lançados do carro, mas claro, sempre sóbrios. Pelos menos é que o dizem. Mas eu acredito, pois para conseguir a minha primeira grade de cerveja, no mercado negro, paguei cerca de dois euros por lata!
Saio de casa e deparo-me com os homens de turbante da cabeça aos pés, que se vão habituando à nossa presença. Uns estão sentados (no chão, claro) em redor de um conjunto de pedras – talvez seja um jogo, outros passeiam parece que sem destino. São os meus vizinhos, e reforço mais uma vez a simpatia desta gente que me respeitam e cumprimentam todos os dias. Diria para já, que é uma vizinhança sossegada. Quando vou fazer o meu jogging, sinto que olham para as minhas pernas ou para as minhas sapatilhas. Noto que de todas as semanas que estive por cá, nunca vi ninguém de calções. Espero não estar a afrontar ninguém e não voltarei a ir de calções.
Tenho sempre fruta e legumes frescos. Ir ao mercado comprar estas coisas é a verdadeira aventura. É tudo por gestos. Não há um único que fala francês. Vir ao mercado é sem dúvida, uma experiência que aconselho se vierem cá. Numa das lojas, onde tenciono comprar sofás, encontramos uma das muitas mulheres policias que me pergunta de onde sou e me pergunta timidamente se me pode fotografar. Passo assim a ser conhecido entre todas as mulheres policia de El Oued.

A duas horas de carro, entro na Tunísia, onde espero ir brevemente.

As coisas aqui são bastante diferentes do que estou habituado, mas é assim.
Tem coisas boas – não há transito, está sempre sol e só me concentro no trabalho!


Saha!

15/02/2009

Aeroporto Internacional

Neste aeroporto militar que agora serve de comercial, existe um controlo policial anormal que me obriga passar para aqui o que passo todos os meses. Excesso de recursos?
Falo do número de pessoas que têm como função revistar e controlar os documentos para quem sai de Birskra em direcção a Paris.
Ainda no carro, à entrada para o parque de estacionamento estão dois polícias que me fazem uma continência e mandam parar. Rodeiam o carro em passo atento, espreitam para o interior e passado 4 segundos, sem exagero, manda-me seguir.
Estaciono o carro, despeço-me do motorista e dirijo-me para o aeroporto propriamente dito que mais parece uma paragem de autocarros dos anos 70. Na humilde entrada, tem um detector de metais e o respectivo tapete para controlar as malas onde mais dois policias me revistam e indicam que caminho devo seguir.
Dentro do aeroporto, que não é maior que metade de um corte de ténis, tem o chão em tijoleira de cor fria, as cadeiras de madeira e alinhadas em fileira, onde se pode fumar e apagar cigarros no chão, faço o check in na única bancada que existe. Aqui mostro o bilhete a mais dois policias que observam atentamente o meu bilhete. Faço o check in, mostro o passaporte, papel de saída do país, o bilhete e o visto seguindo para mais uma entrada onde estão mais dois policiais de ar sério como quem dá aquele ar de “nós é que somos!”. Estes controlam, outra vez, os meus documentos e acenam-me a cabeça. Três metros mais à frente, enfrento mais dois, numa bancada que parece uma cabine telefónica, onde me fazem todas as perguntas: de onde sou, para que empresa trabalho, onde dormi, que projecto estou envolvido, quando cheguei, etc. Depois de muitas perguntas e, mais uma vez, verificação dos documentos, carimbam-me finalmente o passaporte. Dois metros à frente, está outra cabine exactamente igual à anterior com mais dois policiais, uma mulher e um homem que espiam outra vez a minha documentação. Na mesa ao lado está mais um que me pergunta se tenho declaração de bens, por exemplo do computador. Não tenho, por isso aguardo que outro que me questiona a razão de não possuir esta declaração. Digo que não sabia, ao que me responde – “ok pode seguir”. De seguida passo por mais dois militares, mais um detector de metais, um tapete de malas (onde verificam a mochila de mão), e me revistam outra vez.
Vou para uma sala de espera, também muito humilde, com casas de banho sem sanitas, com os típicos buracos no chão e quase sem portas, onde espero duas horas que venha mais um fiscalizador com a chave da porta que dá para a pista. Quando este chega, o guarda faz sinal e todos se aglomeram à volta dele, onde mais vez, ele verifica o bilhete e o passaporte de cada um. Após passar este guarda policial formado pelas exigentes academias militares da Argélia, vou a pé para o meio da pista do aeroporto onde estão todas as malas pousadas no chão. Aqui indico a um funcionário qual é a minha mala e ele coloca-a no carrinho e aponta para mais um guarda policial com uma mesa onde, mais uma vez, a minha mochila é verificada. A seguir, outro distinto policial revista-me e finalmente, o funcionário do avião verifica pela última vez o meu bilhete e entro no avião para Paris.
Contabilizando, e sem contar com os funcionários do aeroporto ou da companhia aérea sou controlado por 19 policiais, sou revistado do 3 vezes, a minha mochila 4 vezes, passo em dois detectores de metais, e perco a conta à quantidade de vezes que olham para os meus documentos, para chegar ao avião, e nem sequer ter lugar marcado. Mas posso-vos adiantar que se quisesse transportar algo ilegal, seria extremamente fácil.
Finalmente chego a Paris, que por sua vez, está coberto de neve, e me convence que esta é de facto uma cidades mais bonitas que já vi.
Saha!

14/02/2009

El Oued é assim...




Welcome to Saara ...
Durante os últimos meses foi-se falando tantas vezes que perdi a conta. Falou-se sobre tantas coisas relacionadas, que começa a ser normal estar e viver em El Oued, no deserto do Saara. Mas não. Convém focar que estamos a falar num país cujo regime democrático não é aceite por todos. Convém não esquecer que estou o terceiro mundo, que voltei 100 anos para trás no que respeita ao desenvolvimento, ou que ainda há bem pouco tempo, o Grupo Islamico Armado (GIA) – que em tempos ano passado enviava os melhores guerrilheiros para o Iraque para lutarem ao da Al Qaeda, degolava vilas e aldeias inteiras aqui bem perto, simplesmente por não serem ou não respeitarem o Corão.

É a terceira vez que venho a El Oued, cidade no deserto do Saara que significa rio, que já existiu, mas que secou, e continuo surpreendido. Tudo é pó, areia e castanho. O regime, a cultura e as regras são claramente muçulmanas e eu tenho que praticamente viver como eles. O governo proibiu a semana passada a venda de qualquer bebida alcoólica. As pessoas rezam às diferentes horas, descalças e depois de lavarem as mãos e os pés, as mulheres estão tapadas e não saem de casa, e só se vêm homens nos cafés, se é que se pode chamar aquelas barracas de contraplacado, cafés. Nesta altura do ano, inverno, está frio, pelo que toda a gente está ainda mais tapada que o habitual. Eles usam umas túnicas castanhas cumpridas até aos pés, com carapuço da mesma côr, e elas normalmente de cor claras. Parecem tumultos que se passeiam pela rua, como zombies, como fantasmas todos vestidos de igual, ou como qualquer animal rastejante que se disfarça da mesma cor que o envolvente, neste caso, castanho. São normalemnte sujos. Uns dormem com o gado para se aquecerem, outros passam o resto do dia no chão de terra. A maior parte está desempregada. Como não há água normalmente, não tomam banho. Têm um odor insuportável que me deixa a pensar como será no verão com os 45ºC de temperatura média diária.




Aqui não vivem alienados pelos o que os outros possam pensar sobre que trazem vestidos, o aspecto do seu cabelo ou a marca das sapatilhas. São todos iguais, mas importam-se com o que é “importado”. Não sabem o que a metrosexualidade, conceito que nasceu na sociedade consumista à qual eu pertenço, me orgulho e tenho saudade. As pessoas vivem à maneira deles, são felizes assim, mas não deixam de ter o sonho de poder um dia saber o que é a sociedade que se preocupa com essas futilidades.




No Verão a cidade fica sem água durante o dia e não se consegue tomar banho à noite devido às temperaturas elevadas que a água atinge. É estranho, mas quando há água, ela escalda.
A rua central de Guemmar, cidade vizinha, tem uma relva que separa os dois sentidos da estrada. Nessa relva, a que nós demos o nome de “rua dos panascas”, é onde eles passam a vida deitados. Só homens, claro. É extremamente usual as pessoas estarem no chão. Acordam, e vão para o chão, normalmente descalços. Sentam-se no chão, deitam-se no pó como se fosse uma esplanada. Quando anoitece fazem o mesmo mas com uma fogueira para se aquecerem. Mulheres, nem vê-las. Só os olhos! Nesta cidade há uma pequena mesquita, como qualquer outra espalhada pela Argélia, mas esta com uma particularidade. Foi aqui que se fez a maior parte dos recrutamentos de jovens para os atentados suicidas no Iraque, deixando o nome desta cidade associado ao terrorismo.

Gostava de saber escrever, ou melhor, descrever, o que vou vendo por estes lados. Há coisas que se entende, outras que com uma fotografia se tem uma ideia, mas outras, a maior parte, como certos cheiros, paisagens, o dia-a-dia, sabores ou retratos daqueles que me proíbem de fotografar ou filmar, ficarão só para mim, e que inevitavelmente, se perderá na minha memória.

Vou para o terceiro mundo, (ou quarto!) e não sei bem porque o faço. Penso que se não o fizesse, não sabia porque é que não o tinha feito. Simplesmente vou atraído pelo desconhecido, aventura e desafio profissional, magnetizado pela decisão que se acha mais acertada.

Saha!

02/02/2009

Voltei

Primeiro: Quem vier a ler isto, é porque não tem mesmo nada para fazer!



Desta vez a nostalgia que me invade a mente é bastante maior. Desta vez já tenho os contratos assinados, e venho por mais tempo. Já não volta a dar. A decisão está tomada. Vou viver por ano para o deserto do Saara, El Oued
Sigo para a verdadeira Argélia e não para a Argélia onde a maior parte dos expatriados estão – na capital ou arredores no hotel Sherton com restaurantes normais, ocidentais e algum conforto. Eu vou para El Oued, no sudeste do deserto do Sahara, lugar que espelha a pobreza e a religião islâmica que tanto se fala.
Dizem me que é a decisão mais acertada, mas eu penso duas vezes. O tempo não para, mas neste momentos parece que anda ao ritmo de uma tartaruga.


Acordo cedo, abro a janela e vejo que está alto dia. É Janeiro, e uma camisa chega nestes dias.

Fomos para o centro de El Oued e reparei que só agora a fiquei conhecer. O centro é um mercado ao ar livre. Fervilha de vida e tensão. Milhares pessoas aos berros em todas as direcções formigam pelo labirinto de ruas e ruelas sujas das cidade. Toda a gente vende tudo e mais alguma coisa no meio da rua. Uns no chão outros não. Vejo a carne à venda ao ar livre em mesa de madeira lascada e rodeada de moscas, estranho o peixe que as vezes reparo que se vende no meio do deserto e fico baralhado com a quantidade de quincalharia que está misturada com a roupa usada em balcões gastos e sujos. Vou deambulando entre os berros e discussões árabes, entre as burkas, as barbas, a gente escura, os carros, as barracas, as carroças e os burros. A feira é a verdadeira selva. As carroças que passam entre os carros nas estreitas ruas acabam por derrubar algumas barracas. Depois discutem. Imagino perfeitamente uma destes burros a dar um encontrão nos "talhos ao ar livre", a carne cair ao chão (que escuso de descrever), e a voltar a pôr a carne em cima na mesa. São inumeras as situações, no mínimo, diferentes para nós. Nunca tinha visto nada assim, mas eles lá se entendem. La Paz, Peru, ou Marrocos é para meninos! Aqui ninguém fala francês pelo só com o nosso colega Kaddour, conseguimos comunicar, em árabe. Foi assim que compramos as primeiras coisas para a nossa casa.



O centro parece perigoso, mas não é. É só confuso. Sou um estranho para a maior parte das pessoas. Não há um único turista aqui. Aliás, não há uma única agência de turismo ou qualquer tipo de serviço para europeus. Só se fala árabe, a maior parte das lojas está em árabe. Para eles a vida é a Argélia, neste caso El Oued. O mundo acaba ali nas dunas ou nos campos de cultivo que todos parecem ter. Vivem nas condiçoes básicas e não precisam de mais nada. Sobrevivem. Mulheres há muitas, mas estão tapadas e cruzam-se comigo inúmeras vezes. A maior parte delas desvia os olhos, outras até se desviam. Seguem as regras religiosamente, e na minha opinião têm uma vida muito complicada.
É outra realidade, mas são felizes.


À tarde deixo o Paulo no “grande” aeroporto de El Oued (que só tem voos para Argel) e fui dar uma volta pelos arredores de EL Oued por uma estrada entre as dunas do Sahara até uma pequena e típica cidade aqui ao lado já perto da Tunísia. Encontramos com o um amigo do Kaddour, seu irmão e amigos. Agora estava sozinho entre todos os árabes e numa cidade que nunca sequer tinha ouvido falar, sem conhecer ninguém que dissesse uma única palavra em francês, e ainda sem confiança no meu colega que praticamente acabara de conhecer. Senti-me por vezes desconforatével naquela rua de areia com pouca luz entre o grupo de Argelinos mas ia-me habituando. De vez em quando o Kaddour lá ia traduzinho o que se conversava.
O amigo, levou-nos a conhecer umas ruínas árabes datadas do ínicio do seculo 18 rodeadas por palmeiras ainda mais antigas, que orgulhosamente e repetidamente me diz que aparecem no google earth. As casas, com as típicas cópulas para refrescar, feitas em areia, ainda se mantêm praticamente intactas. Imagino a vida dessas pessoas naquela altura. Se neste século, tudo isto parece o inicio do anterior, como terá sido há duzentos anos atrás. De seguinda convida-me para jantar em sua casa. – aceito. Jantei, numa sala cheia de tapetes, televião aos berros, no chão e com as mãos, concluido assim a dificuldade que tive de manhã para arranjar os talheres no mercado. Comida é típica da zona. Cuscus caseiro excelente e claro, só os homens. As mulheres estão proibidas de se sentar na nossa mesa. No fim trazem-nos uma bacia e um jarro, lavo as mãos e bebo o típico chá do deserto.

Admito que me senti meio desconfortavel no início, mas depois conclui que este povo, apesar de porco, selvagem e desorganizado, é hospitaleiro.






No hotel acordo sem stress e vou tomar o pequeno almoço calmamente. Vejo mais uma vez vejo o caco do dono que se passeia de pijama pelo seu hotel. Está acabado, caminha sem levantar os pés, é porco e tem o cabelo oleoso. Esta quase morto, tal como o hotel que gere.
Os jantares são sempre os mesmos neste hotel que se intitula de 4 estrelas (mas que cairam), os quartos estão normalmente sujos e gastos e com falhas por todos os cantos. Mas isso é à parte.


Pegamos na pick-up e fomos fazer a estrada para Biirskra visitar a zona das lagoas onde estão as salinas. Pelo caminho avisto camelos, uns vivos e outros mortos, muitas dunas de areia, pequenas vilas, pastores e as paisagens tipicas do deserto, onde a linha do horizonte se confundo com a areia. A zona das lagoas é espetacular. Metemos pela areia para ir até ao lago, por uma zona que não tem estrada. Lá verifico que esta zona é de facto admirável, digna de um local turístico, e sinto que talvez tenha sido o primeiro português a pisar aquela terra do planeta. À minha volta só constam duas cores. O azul do lag e do céu, e o amarelo da areia.
Continuamos a fazer a estrada e quando avistamos uma cáfila, paramos e fomos até lá falar com o pastor. Este, e todos os argelinos que vi, têm os dentes todos podres. Dizem que é do chá, do fumo, mas eu acredito que seja por não lavarem os dentes. O pastor, ali no meio do nada, olha para mim, oberva-me de cima a baixo. Creio que terá sido a primeira vez que viu ou falou com um europeu. Não sei.

Continuo a viagem pela recta sem fim.
O Kaddour vai-me dizendo que nesta zona do deserto existem uns pequenos petiscos que se chamam trufas, explicando assim o facto do meio do nada avistar duas ou três pessoas. Não exagero quando se anda uma hora sem ver uma única casa, e de repente, aparece duas ou três crianças. Umas delas acenam na estrada lá ao fundo. Ao que parece vendem esse tal petisco, mas quando paramos, percebemos que apenas queriam boleia. Demos boleia a 3 miudos, que todos excitados foram para a caixa da pick-up. Quando os deixamos na vila mais próxima, perguntamos por curiosidade o que tinham dentro do sacos, já que não eram trufas. Dois eles, muitos orgulhosos, metem a mão ao saco e sacam dois ratos, um deles vivo, outro já moribundo dizendo que hoje foram à caça e têm jantar.



Saha!